domingo, junho 05, 2011



04 e 05 de Junho

Fátima 2011


O ano... 2011, o mês... Junho, logo no primeiro fim de semana, altura em que o sol começa a aquecer mas sem deixar ninguém com a língua de fora... o evento... a 6ª peregrinação anual consecutiva de um grupo de “jovens” que se recusam a render ao passar do tempo e afirmam-se dignos de uma verdadeira reserva do Vinho do Porto... quanto mais “velhos”... melhores estão!!!
Para esta aventura, este grupo de aventureiros, que se intitulam os Passatempo Bike Team, aos quais pertence aqui o escriba, faz-se sempre acompanhar por outros “grupos” com ideais de vida semelhantes, nomeadamente os Kotas & Compª, estes então, com mais tempo de incubação, mas que honestamente envergonham muitos, de mais tenra idade.
Para além dos membros destes dois gangues, igualmente algumas ovelhas perdidas nos acompanharam, e nestas, todos os anos aparecem umas que vá-se lá saber porquê fazem promessas às quais não estão prontos para as cumprir... o conselho só pode ser um, que reina no nosso grupo... tirem o Cu da cama ao domingo, que o resto virá por acréscimo!!!



No meio de tanto homem, uma Mulher faz sempre questão de aparecer... por sinal a minha... e se para uns é uma fonte de inspiração (se ela faz eu também faço...), para outros é uma fonte de motivação (há minha frente não vais... mulher dum raio).
Os caminhos escolhidos, por estes bravos, em direcção ao local mais sagrado deste País, Fátima, por persistência dos mesmos, varia de ano para ano... e para este, estavam reservados caminhos com pó abundante, umas vezes acompanhados por zonas de cultivo, outras pelo rio que banha Lisboa, e outras por zonas que sendo de propriedade privada, estes rebeldes ousaram entrar em busca de trilhos mais maravilhosos ainda... mas uma vez que a tribo era numerosa, facilmente foi detectada pelo dono que após verificar que afinal não passavam de “homens” de bem em busca de uma recompensa interior que não tem preço, facilmente recolheu os braços permitindo assim a passagem destes “pecadores” natos.
Apesar de quase todos, serem uns verdadeiros destemidos, para tão longa odisseia o acompanhamento de dois homens (Sr. Zé e Tó) é sempre obrigatória, não tanto pela boleia que possam oferecer, mas pelo transporte de bens e alimentos para tão numeroso grupo.
Após um dia longo e duro de horas e horas a pedalar... já por não falar dos furos inevitáveis (Ai, Marochas...), após a chegada ao local da pernoita merecida, Golegã, era tempo de repor todas as energias gastas, e aqui uns mais do que outros encheram os seus reservatórios com aquilo que tinham à mão... escusado será dizer que os líquidos abundaram neste capítulo fazendo assim a delicia daqueles que se mantiveram sóbrios para rir à conta dos que tinham mais sede.









Durante o repasto, apesar de ser um dia de meditação, o Presidente do grupo, Rui Dias, aproveitou para fazer um pouco de campanha eleitoral, garantindo assim a sua reeleição... também ninguém ousa concorrer contra o mesmo... é ele na Arroja e o outro na Invicta!!!



Já em tempo de repouso, na casa aonde ficaram os peregrinos, a noite foi avassalada por um enorme estoiro que provocou um estrondo maior ainda, seguido de um incêndio que nuns provocou medo, noutros histeria, no dono da casa, o pensamento que os talibans ali presentes lhe teriam rebentado com a hospedaria... e um homem... Paulo Rosa de seu nome... com um acordar calmo, seguido de um breve olhar no mar de chamas, da casa vizinha, fez um só comentário... eu não sou bombeiro... deixem-me dormir!!!



Aqui o lindoca e sua princesa, pernoitavam bem longe de tal confusão pelo que não dei por nada... que chatice???
Para o derradeiro dia desta viagem, apesar do susto, o hospedeiro do grupo, Fernando, fez questão de nos acompanhar talvez para assim garantir que os “perigosos” ficariam longe de sua casa e para tal guiou-nos por caminhos que apesar de não estarem programados, foram igualmente belos, não fosse ele um filho da região.
Mesmo sendo este o dia das dificuldades provocadas pelas Serras que nos dividiam entre a Golegã e Fátima, felizmente posso dizer que ninguém do “grupo” fez companhia aos condutores de serviço.
Apesar de não ter sido um percurso perfeito, tal não existe, foi sem duvida o que mais agrado tive em fazer... pensando desde o inicio, foi deveras memorável, com trilhos para todos os gostos... do mais simples ao mais exigente tecnicamente.



Mais uma vez a chegada ao local sagrado foi feito em perfeita união com amigos e familiares a receberem-nos de uma forma calorosa que inevitavelmente fazem vir uma lágrima ao canto do olho a qualquer um.
Para final de aventura tão saudosa, um apetitoso piquenique na companhia de todos os intervenientes com direito a iguarias que facilmente batem as calorias gastas nesta viagem e aos inevitáveis discursos de agradecimentos por parte de alguns dos intervenientes... para mim... essas palavras ficam aqui exprimidas...
Obrigado a todos por mais um fim de semana memorável e que para o ano seja melhor ainda.





P.S.: O escriba, não esquecendo de ninguém interveniente, não pode deixar de referir os ausentes deste dia... uns por lesão (Carlos Mérida e Neves) e outros por outro motivo ao qual desconheço (Bifes e Zé do Gado... senti mais a falta da mulher do Zé pelas suas iguarias gastronómicas)... para o ano contamos com vocês.

3 comentários:

PMODA disse...

Boas Jaime e Carla,
parabéns por mais esta aventura, de certeza que foi um fim de semana em cheio de btt e de alegria entre todo o pessoal.

bjs e abrç
Paulo Marques

Rui dias disse...

AMIGO O TEXTO DO PASSEIO ESTA MUITO BEM ESCRITO PARABENS.

EM RELAÇAO A MIM TENHO A DIZER QUE NAO ESTOU AGARRADO AO PODER,E´ CONVENIENTE FAZER-MOS UMA REUNIAO AFIM DE PODER-MOS DAR OPORTUNIDADE A OUTROS ELEMENTOS, POIS TODOS MERECEM ESSA OPORTUNIDADE.

UM ABRAÇO RUI DIAS

Anónimo disse...

O Jaime é um excelente reporter. Permitam-me meter a colherada. No pique nique não fiz uma referência ao Presidente Rui Dias, por lapso. Mas agora digo o que penso. Trata-se de um lider que sem se fazer notar consegue a união e motivação de todos o que nos dias de hoje não é fácil.
António Messias